Origens, histórias e genealogia da família Pereira Barbosa, por Isaias Barbosa da Silva e Assis Barbosa da Silva. Levantar a Árvore Genealógica de Família para preservá-la à posteridade não é trabalho fácil, é trabalho hercúleo, mas sempre tem alguém que se predispõe a fazer. Estou sempre aconselhando, aliás, sugerindo, que as pessoas que têm um certo estudo e goste de história, história e não só estória (causos), e reside em cidades tradicionais, que façam o estudo dos seus antepassados, seus fundadores e parentes, de como chegaram às regiões inóspitas e fundaram os seus “de-morarem”, ocasionando a evolução e o surgimento das novas famílias. Sabemos que para levantar a árvore genealógica de uma família depende de muito esforço, gastos, dificuldades de comunicação e até de incompreensão. É um trabalho extenuante de amor e consideração aos seus descendentes, além das tradições, como no caso dos Pereira-Barbosa, que se instalaram, vindos de Portugal, em Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás… Portugal onde havia muitas “barbas de bode ou barba de velho” (plantas). A busca em todo território brasileiro, pesquisando os descendentes, consanguíneos ou adotivos que ostentam o nome da família.
Destas famílias, Pereira-Barbosa, houve desmembramentos, surgindo, então, as famílias Alves, Castilho, Firmino, Fortes, Marques, Martins…
Fiquei satisfeito em ter conhecido várias pessoas em lugares onde se instalaram os Barbosa-Pereira, como em Aragoiânia, Guapó, Palmeiras de Goiás, Varjão, Alegrete (Edea), Cezarina… Em Abadia de Goiás, cujo primeiro nome foi Posto do Nêgo Fortes, fui amigo dele, alegre folião. Levei um parente seu, ali residente, a participar do Grande concurso Gremi de Inhumas, o Domá, que se tornou famoso cantador caipira, folião de Reis e executor de viola.
Este trabalho do Isaias e Assir, pode ser considerado também como literário, pois foi muito bem escrito, meticuloso nas pesquisas, Português correto, sendo os autores pastores evangélicos atuando em Iporá, que já se chamou Comércio Velho, Rio Claro e Itajubá, onde reside o meu neto Gabriel Ortencio Morais, casado com a Neide, descendente dos Pereira-Barbosa. Também neste trabalho há contribuição para a História do Brasil, principalmente de Goiás.
Interessante o capítulo onde os autores tratam das vidas dos antepassados com as dificuldades, usos e costumes, as moradias, as mulheres dando-à-luz até mais de uma dezena de filhos, quando não morria durante o parto. E sem empregada, sempre a filha mais velha, a “dindinha” ajudando a criar a filharada.
Com tudo, os autores extrapolam, escrevendo, como disse, os ambientes rurais, móveis rústicos, animais, estradas, comércio, contando a verdadeira estória, estória heroica dos desbravadores do sertão brasileiro, no casos, o Centro-Oeste. Ainda, histórias interessantes ocorridas no seio das famílias, não como literatura, mas casos simples que marcaram pessoas sempre interessantes que têm nas famílias. A maior parte do livro é ocupada pelas biografias, aliás, citações, descrições rápidas das milhares de pessoas descendentes em últimos graus dos Pereira-Barbosa.
Este trabalho, portanto, é perfeito e poderá ser modelo para novos pesquisadores, que as pessoas tradicionais de seus berços devem e têm obrigação para fazer a árvore genealógica da sua cidade. O tempo distorce as verdades, o tempo tudo muda, até o pensamento das pessoas, então, mãos à obra, faça a árvore genealógica da sua cidade. Conheço muitos que já fizeram e outros que estão fazendo, para quem os parabenizo, pois temos em nosso Instituto vários livros que estão disponíveis a quem se interessar.
Da minha árvore genealógica sei muito pouco. Sei que dos Hortencio tenho somente o meu tio residente em São Paulo, com 90 anos, irmão do meu pai, o Heitor, e de minha mãe também apenas um tio, o Antônio Ricieri Bariani, padre Redentorista em Trindade, que deverá completar neste Natal, 102. Está lúcido. Foi ele quem conseguiu alguns dados sobre a família Bariani, indo várias vezes à Itália. Temos o escudo da família.
Há pessoas que mantem em seu nome o de todos os seus familiares. Em Goiânia temos o historiador fecundo, fundador de academias e que procura manter a história das famílias goianas em dia, com vastos depoimentos neste Diário da Manhã: Bento Fleury Curado Alves Jayme…
Eu também poderia seguir o caminho do Bento, assinando Waldomiro Bariani Ortencio Di Gaetano Castellan Di Angelo D´’alloca D’Acechi Brighiroli Bertoldi…
Curiosidade – O caso da mudança do nome de Santo Antônio do Alegrete para Edeia, para onde foram vários membros da família Pereira-Barbosa, me envolve. Quando publiquei o meu Dicionário do Brasil Central, constou:
Edeia – Gentílico: edeiense. Toponímia: órgãos sexuais: “Grande parte da população de Edeia se envergonha do nome da cidade, cujas origens etimológicas do grego significam ‘órgãos sexuais masculinos. Início do povoamento: 1915. Fundadores: Antônio Martins da Rocha, Cândido Martins Rocha, Felipe Alves de Faria, José Alves de Faria, Leandro Martins dos Anjos, Mizael Machado, Orsino Rodrigues de Rezende e Paulo Bueno. Primeiro nome: Santo Antônio do Alegrete.
Consta que pretenderam trocar o nome da cidade, mas uma professora iluminada provou que o nome estava certo, pois significa virilidade, criatividade, progresso…
Vamos ficando por aqui e bendizendo os autores, irmãos Isaias e Asssir, pelo magnífico trabalho, preocupados também com a História de Goiás.
Ando à procura de família cujo apelido era Pereira Barbosa e eram do Norte do país em Portugal .
A minha avó mãe do meu pai era Norma Pereira Barbosa e era Natural do Porto em Portugal. Não sei se será desta mesma família mas gostava de saber .